30 de julho de 2010

António Feio


António Feio (1954-2010) nascido em Moçambique, costumava dizer que entrou no mundo do espectáculo ''pela porta do cavalo'', sem frequentar o conservatório. ''Aprendi com os melhores da minha geração''.

Mestre da boa disposição, Feio encarava a vida com a maior das naturalidades.
Actor e encenador, referia-se à sua escolha de vida, de uma maneira despreocupada mas com o humor sempre presente: ''É o que eu gosto de fazer, não sei fazer mais nada''.

António Feio foi um mendigo da vida que nos deixou a sugestão... ''aproveitem todo o tempo da vossa vida como se fosse o fim''.

A minha vénia. A arte da representação ficou hoje mais pobre ou, menos rica?
O humor é (para mim) o doce da vida, não o sal.

28 de julho de 2010

emoções quentes

Não sou a favor de toda a exposição a que nós somos sujeitos, no que toca à publicidade. Acho até, que a coisa está fora de controle, mas pronto... não me apetece nada esticar esta corda.
As primeiras vezes que toquei este ''clip'', fiquei com a impressão que estavam a promover uma soda ou um iogurte? Só com muito esforço, mesmo muito, consegui processar as letras que estão nos fatos, e assim acabar com este sofrimento (sofrido), de não conseguir saber qual o objectivo de toda esta emoção à solta naquela praia.
Estão todas elas de parabéns.
Acho que o objectivo foi claramente conseguido: O povo ficou com um sorriso brilhante.
Foi uma boa representação nos jogos de voleibol de praia desta... pasta de dentes?

25 de julho de 2010

sacrifícios


Quando o dever chama, os nossos políticos apressam-se, atropelando-se uns aos outros para dar o exemplo.
É verdade, são todos eles movidos pela consciência, pelos bons costumes e pelas boas acções.
«NON-SENSE.»
Estou aqui a tentar eleger um politico mais justo, aquele que dá sem pedir nada em troca. Aquele que põe os interesses dos outros acima dos seus, que participa regularmente em campanhas de solidariedade e que se interessa realmente pelos problemas da maioria.
Não será uma missão fácil, apesar de os vermos de tempos a tempos, aquando das eleições, no meio das multidões atacando as más acções uns dos outros. Distribuindo beijos e apertos de mão às pessoas que sofrem de amnésia e que em minutos, esquecem as atrocidades e dificuldades por que passaram desde as últimas eleições.
Com certeza os políticos não estão tão acessíveis após as eleições, mas após quatro anos de afastamento ou isolamento, será muito difícil esta classe ser considerada como ''um-dos-nossos''.
Será mais fácil fazer com que o meu gato fale, do que obter o que eles se propuseram fazer.
Promessas políticas... são só palavras ocas.
Deixo-vos uns quantos link's sobre as palavras de D. Carlos Azevedo, o Bispo Auxiliar de Lisboa pede coragem para que se acabem com situações de injustiça. ''Basta de gente que ganha num dia aquilo que outros ganham num ano''.
D. Carlos pede então sacrifícios aos políticos católicos, 20% dos seus salários para um fundo social gerido pela Cáritas. Leiam mais aqui... e aqui... e aqui...
Agora vejam as reacções dos dois maiores partidos políticos aqui...
Políticos com consciência? Eles sabem pedir-nos para fazermos sacrifícios, mas, quando lhes toca a eles, a história é outra...

24 de julho de 2010

Sanjo, o regresso




Esta semana, li algures acerca do regresso ao mercado, de uma antiga marca desportiva que foi como um marco para os jovens portugueses dos anos setenta e oitenta.
Incrivelmente populares, com um look único, muito ''nosso'' e um preço ao alcance de uma boa parte do povo, as Sanjo foram o passaporte de muitos jovens para o desporto.
Lembro-me que nas aulas de desporto nos era dada uma lista do equipamento necessário: uma t-shirt, calções, peúgas e... umas Sanjo.
O modelo mais usado eram as botas, ou K100. À nossa escolha, as brancas, as pretas, e pronto... Penso que o aparecimento no mercado da altura, de marcas americanas como a All Stars, contribuiu para o fim da Sanjo.
As Sanjo eram conhecidas pelo seu conforto e beleza, mas também pelo cheiro de bicho morto dentro delas.
Durante anos a fio, as Sanjo infernizaram o lar dos meus pais.
Reptos foram assinados pela minha família, pedindo tréguas nasais. Este foi um dos factores que pesou na minha mudança para as All Stars.
Bem, resta-me dizer que nesta nova vida, a Sanjo tem como grande novidade, as múltiplas cores. E sim, comprei ontem um par, não resisti : )

16 de julho de 2010

-voor u...



A dada altura, no meio de uma reflexão tipo combate titânico, em que tento separar as águas, o bem do mal, o doce do salgado... deparei-me com o dilema:
Realista, optimista ou pessimista?
Entre realismo e pessimismo não me parecem haver muitas diferenças. Quando, por exemplo, alguém afirma estar a ser realista, está na maior parte das vezes, apenas a ver o lado mau da coisa!

A definição de realista diz que, é alguém que considera como real o abstracto. Algo que ainda não aconteceu mas que é possível, logo irreal.
Ora, avaliando um momento que ainda não aconteceu como bom ou mau, deixa-nos com as alternativas optimismo e pessimismo.
Ser realista implica, olhar para a vida de uma forma constantemente negativa. Ser optimista por outro lado, é confiar demasiado nas situações. O meio-termo parece ser, o ideal.


Considero-me um optimista nato. Tenho por sistema achar que tudo resultará pelo melhor. Sou consequentemente uma pessoa alegre e bem disposta, sorridente e confiante.
Retiro de todos os momentos da minha vida, de forma consciente ou inconsciente, o melhor e o positivo... a alegria de viver.
A formula vencedora, é juntar a determinação ao optimismo.

É possível operar uma transformação no íntimo, basta para isso assumir o lado negativo.
Sleep on it!

4 de julho de 2010

PARANóIAS.


Depois de abrir vários jornais online, deparei com a notícia que nos alerta para os benefícios de lavarmos bem as frutas e legumes, e como devemos agir para nos livramos dos produtos tóxicos usados na agricultura.
Até aqui tudo bem! Leiam aqui o artigo e vejam o vídeo no fim.
...O mundo só pode estar louco. Um dias destes, tudo nos é prejudicial?
Lembro que até nas nossas relações mais intimas, somos aconselhados a consumir com precauções extras.
-''Usem as camisinhas''.
Chegaremos ao ponto em que o simples convívio entre pessoas estará comprometido?
Se pensarmos um pouco (num passado recente), a ameaça da gripe suína ou H1N1, comprometia precisamente o convívio entre pessoas. Não convinha espirrar sem tapar a boca e o nariz, com um lenço ou com a manga das camisas.
As TV's e Rádios aconselhavam as pessoas a permanecer em casa em caso de sintomas... Lembram-se?
A paranóia era tanta que, as pessoas que aparentavam estar constipadas, eram olhadas com desconfiança e evitadas.
Agora é a vez dos químicos das frutas e legumes? -GIVE ME A BREAK!
Co-existência?
O mundo faz-nos mal à saúde.
: )