8 de junho de 2012

Cultivo de cartilagens para transplantes

Um robô capaz de cultivar e estimular o crescimento e ao mesmo tempo avaliar o desenvolvimento de seus frutos?
Poderemos ter a sensação de estar a falar de um agricultor mas este robô não lida com plantas- ele cultiva células humanas vivas. Trata-se de um biorreator, uma câmara capaz de cultivar tecidos biológicos, totalmente robotizado que trabalha autonomamente.
Enquanto cultiva as células e por meio de uma contínua avaliação do seu processo de crescimento é capaz de imitar os processos naturais, gerando tecidos vivos.
O objectivo? A possibilidade de num futuro próximo, os tecidos cultivados por estes robôs serem utilizados para substituir tecidos danificados por acidentes, queimaduras ou por desgaste, como as cartilagens dos joelhos e quadris do corpo humano
As técnicas actuais de cultivo de tecidos são lentas e só conseguem avaliar a qualidade do tecido gerado depois que ele cresceu, se algo saiu errado a única solução é começar do zero.
Este biorreator criado por engenheiros do NIST nos EUA, usa um sistema de ultra-som para monitorizar o continuamente o tecido sem danificá-lo e sem atrapalhar no seu desenvolvimento.
Os pesquisadores apostam inicialmente no cultivo de cartilagens por serem tecidos não vascularizados, o que torna o seu cultivo mais simples e promissor.
A criação de cartilagens em laboratório permitirá atender a uma área medica que não conta com a possibilidade de doações para transplantes. A substituição de cartilagens danificadas é feita actualmente usando materiais plásticos ou metálicos, com sérios problemas de desgaste.
O biorreator faz todo este trabalho com precisão gerando cartilagens em formatos tridimensionais, em cerca de sete dias.

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