8 de abril de 2013

O capitalismo e a crise

As crises revelam a essência da irracionalidade do capitalismo: porque há excesso de produção ou falta de consumo, destroem-se mercadorias e empregos, fecham-se empresas, tornando agudos os problemas. Até que o mercado se purifica, derrotando os que competiam nas piores condições – tanto empresas, como trabalhadores – e se retoma o ciclo expansivo, mesmo de um patamar mais baixo, até que se reproduzam as contradições e se chegue a uma nova crise. Um ciclo vicioso? Comprovadamente.

A natureza das sociedades contemporâneas é capitalista. Estão assentes na separação entre o capital e a força de trabalho, com aquela explorando a outra, para a acumulação de capital. Isto é, os trabalhadores dispõem apenas da sua capacidade de trabalho, produzir riqueza, sem os meios para poder materializa-la. Tem assim que se submeter a vender sua força de trabalho aos que possuem esses meios – os capitalistas -, que podem viver explorando o trabalho alheio e enriquecendo-se com essa exploração.
O capitalismo é a árvore que dá pobres.

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