8 de março de 2009

Boca do Mundo


Se a chama chega,
E ninguém chega à chama
De que vale arder?
Se o barco parte sem velas,
De que serve a maré?
Não se mostra o trajecto
A quem parte para se perder

Não se dá boleia
A quem precisa de ir a pé
E é como quando pensas que estás a chegar
E não deste um passo

Onde estou, nada mais pode crescer
Eu sou assim, uma fênix a arder

São só os meus erros, é toda a minha culpa
Hoje até o ar anda cansado
Preciso de um enigma
Para pôr fim ao propor

Não sei o que me deu, não costumo estar assim
Desco a rua que passa, rente à boca do mundo
Sinto a vida que passa
E os rumores que circulam na boca do mundo

Onde estou, nada mais pode crescer
Eu sou assim, uma fénix a arder

São só os meus erros, é toda a minha culpa
E é tudo o que faço
E é todo o meu cansaço
Por fim, por fim...

Onde estou, nada mais pode crescer
Eu sou assim, uma fênix a arder
Onde estou, nada mais pode crescer
Eu sou assim, uma fénix a arder

São só os meus erros, é toda a minha culpa
É tudo o que faço
E é todo o meu cansaço
E é tudo o que faço
E é todo o meu cansaço

Por fim, por fim...

Sinto a vida que passa
Na boca do mundo, não se sabe quem é quem...

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