5 de março de 2011

Em nome de uma alternativa


Fui esta semana ao hospital local para visitar um amigo que se ali encontra internado.
Saía de uma ambulância, carregada numa maca, uma garotinha de 15 ou 16 anos. Ela vinha deitada e tapada da cintura para baixo com uma manta, nada de estranho nisto...
Debaixo da manta estava num volume anormal, na zona das coxas, bem bem no meio das pernas da rapariga. O dia estava ventoso e a manta que tapava a cintura da rapariga soltou-se e voou.
Ela estava nua da cintura para baixo e o misterioso volume era afinal uma garrafa de cerveja enfiada na vagina.
Porquê não tirou ela própria a garrafa para evitar estar exposta daquela maneira, perguntei-me?
O vácuo é a resposta.
Lembrei-me de imediato da minha professora do liceu que dava exemplos da força de sucção criada pelo vácuo. Uma ventosa pressionada contra uma superfície lisa faz com que o ar seja expelido e a ausência de ar mantém as duas superfícies coladas uma à outra.
Este é o mesmo principio que une a merda ao mau cheiro.
Tal como o José Sócrates se encontra colado ao caso Freeport ou o Carlos Cruz à Casa Pia. Por mais que se tente, não tem jeito. Temos ainda outros ginastas que tentam desligar-se do óbvio agora que toda a merda está a vir ao de cima. Podemos encontra-los nas latrinas do poder central, que vai gerindo os caminhos do país desde o 25 de Abril.
A maioria deles, é gente sem classe, de baixa formação moral que continua a alimentar-se às custas de quem só quer trabalhar.
Fazem um banquete dos despojos da sociedade que já pouco ou nada tem para oferecer às bestas do folclore popular.
As medidas politicas que os fingidos tomam, são por orgulho ou por conveniência partidária, não as tomam a pensar no povo e nas suas necessidades.
Ora, nestes casos o poder de sucção manifesta-se pela vontade de chegar ao poder na hora certa, deixando País afundar-se até que as pessoas desesperem. Aí então, entram em cena os novos ''Messias'' da politica nacional, de peito cheio, carregados pelo desespero e pela esperança popular, e é nestes casos que os novos ''submarinos'' surgem, devido à confiança excessiva que o desespero nacional provoca.

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