No caso de um navio embater num recife, romper o seu casco e afundar, quem se pode culpar? O comandante, encarregue do destino da nave, a sua tripulação, ou a rocha?
Depois de assistir aos debates empobrecidos, promovidos pelas televisões nacionais, entre os líderes dos principais partidos, fico com a impressão de que se desviam propositadamente as atenções das culpas, para o óbvio... as consequências da crise instalada.
É como se alguém tivesse viciado o rumo natural dos debates. Discutem-se as culpas de quem provocou a vinda do FMI para as nossas vidas, esquecendo os destinos de Portugal.
Culpa-se a oposição pelo desastre económico em nós nos encontramos. A oposição riposta, apontando o dedo em todas as direcções.
O que realmente nos interessa, é apurar responsabilidades.
Nos últimos trinta e muitos anos depois do 25 de Abril, nós os eleitores, temos apoiado esta forma de auto-destruição nacional. O nosso rumo tem sido ditado pelos saqueadores de sempre.
A nossa energia deve ser valorizada e o tempo cedido no dia-a-dia no trabalho, tem que valer alguma coisa. Alguém nos está a escravizar.
Temos sido enganados por quem nos governa e está na altura de dizermos alto e em bom som: CHEGA Basta... Vão trabalhar, malandros!
O povo português é um povo trabalhador, no seu geral. Nós trabalhamos para comer, para viver. Ninguém nos dá nada. O PS, o PSD e o CDS, são quem nos tem governado desde a revolução dos cravos e falam como se não tivessem qualquer tipo de culpa nesta crise. Falam de boca cheia, como se o povo português estivesse em dívida para com eles. Como se eles fossem os Messias do nosso sustento. Certamente a crise não os afecta.
Acordem minha gente!
Sem comentários:
Enviar um comentário
... solta o bicho aqui: