16 de agosto de 2011

Doce perdição...




Hoje foi um daqueles dias... Recordei que a perfeição existe, ela só depende do nosso ângulo de visão e do nosso estado de espírito.
O mero vislumbre de formas perfeitas, muda tudo. Todo o meu dia virou e se tornou de repente colorido e mais cheiroso.

As minhas papilas gustativas, salivaram e tive que me conter para não dar nas vistas. Os meus olhos bateram palmas, perante tanta beleza... A minha imaginação parecia um rafeiro à solta, correndo de lá para cá.
Quase fiquei zonzo com tamanha visão.

Deus foi muito generoso ao permitir a tua existência, pensei. És um hino à beleza, um troféu para quem te exibe e a cobiça de quem não te possui.
Adoro a tua pele bronzeada, brilhante e firme. Adoro o teu cheirinho bom e o teu sabor doce.
Passei por ti esta manhã, com as piores intenções. Eu queria muito pôr a minha boca nesse pedacinho do céu.

Fui para o carro lutar contra a minha vontade: Eu não posso, não devo, pensei.
A determinada altura, já levava uma enorme desvantagem em relação à minha vontade e decidi entrar na pastelaria, olhei-te de frente e... paguei para te possuir, para te trazer comigo e fazer contigo o que bem entender. Roarrr!

Saímos à pressa, comigo a encaminhar-te nervosamente para o carro. Abri as portas e entramos os dois. No banco da frente desapertei o meu cinto, recostei-me para trás e pus o guardanapo a jeito para não sujar nada...

Dei-te uma enorme dentada num dos lados e senti o puro prazer de um verdadeiro babá com a massa humedecida com calda de rum ou conhaque e com a generosa camada do puro chantilly francês ao centro.
Eu sou fã.

Senti-me perdido, mas agora encontrei-me.




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