A sensação de conforto torna-se evidente quando nos ligamos às letras que falam de mundos simples e convencionais.
Se, por esta altura resististe à monotonia generalizada, talvez te apercebas que as coisas podem não ser tão unidimencionais quanto parecem. '' É tudo tão simples e terrivelmente complexo?'' questiona James Mercer lá mais para o fim deste trabalho, na penúltima faixa 40 Mark Strasse. Talvez a complexidade se tenha diluído nos versos de Mercer...
Ler as letras de Port of Morrow irá abrir as portas para que encontres uma nova dimensão existente neste disco, tornando-o então, graciosamente, num álbum menos sereno e cómodo do que inicialmente parece .
Temas como envelhecimento, morte e dores de cotovelo, são inevitáveis nos versos de Mercer, que materializa sentimentos que não descrevem facilmente o mau-estar. Falam na sua maioria, sobre homens na casa dos 40, casados, pais e bem-integrados na sociedade, mas que são assombrados por um sentimento adolescente de inquietação. (James Mercer, 41 anos, é casado e pai de dois filhos).
No fim das contas, podemos-nos questionar sobre se esta banda continua a ser a banda incomum que conhecemos? A minha humilde opinião é: SIM. Sem dúvida.
O último trabalho dos The Shins, Wincing the Night Away foi lançado em Janeiro de 2007 e tornou-se desde então uma presença constante no meu dia-a-dia, nos últimos cinco anos.
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